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Channel: Comentários sobre: Marcha das Vadias, em Porto Alegre: 27 de maio, na Redenção
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Por: Paula Berlowitz

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Bianca, é óbvio que homem olha para o corpo da mulher, ou de outro homem, se assim ele preferir – assim como a mulher também olha para o corpo do homem, ou para o de outra mulher, se ela assim preferir. E isso NÃO é um problema: faz parte dos nossos instintos e da beleza da vida.

O problema é o homem confundir desejo com direito de agressão! E é isso que é monstruoso.

Eu, por exemplo, que não ando pelada, mas também não uso burka, com certa frequencia escuto algum comentário à respeito do meu corpo, ao andar na rua. E olha que não costumo andar com nada muito à mostra. Sinceramente, quando é um comentário agradável, não me ofendo. Dependendo, digo até “obrigada”! Mas às vezes ouço algum comentário mais chulo. Com esses eu me sinto agredida, principalmente porque a forma que me visto é bastante normal, como podes ver em minha fotos, espalhadas pelo Cromossomo X, então, nem esta desculpa eles teriam.

Concluo daí, que a agressão verbal ou, na pior das hipóteses, sexual, sofrida pelas mulheres, em NADA tem a ver com a forma como se vestem, mas sim, com sua beleza ou grau de sensualidade – que também é uma qualidade nas pessoas, e não um defeito. Isso é apenas o escudo atrás do qual homens de mau caráter se escondem.

E me entristece MUITO o fato de mulheres aceitarem essa dominação, permitindo aos homens decidir como elas devem se vestir ou se comportar.

Tomara que teu deus NUNCA transforme a minha vida no que transformou a tua.

O pecado está na cabeça de quem acha que o cometeu.

Eu não tenho pecados, pois trabalho, não discrimino as pessoas, cuido de meus filhos, amo e respeito o homem com o qual vivo – não porque é um homem, mas porque é um ser humano – e contribuo para uma sociedade mais justa e feliz!


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